quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Indicação Musical de Renata Ramos

Lusitana Do Norte  
Geraldo Azevedo

Acordar de um sonho
Novo sonho sonhar
Não é só fevereiro
Que a gente espera chegar
Nos teus olhos junhos,
Julhos, dezembros ou maios
Lusitana do Norte
Dos maracatus e Cabrais
Lusitana dos maracatus
e Cabrais

Estrela cadente
Luz no canavial
Beija o Capibaribe
Dança na casa real
Nas canções de engenho
Mangues, coqueirais
Lusitana do norte
Dos maracatus e Cabrais
Lusitana
Dos maracatus e Cabrais

Visto assim de longe
No meu peito um sinal
Coração futurista
Velhas emoções tropicais
Rara maravilha
Pontes, rios e cais
Lusitana do norte
Dos maracatus e Cabrais
Lusitana dos maracatus
E Cabrais

terça-feira, 19 de outubro de 2010

REGIONALISMO E POESIA


Seres, Nossa colega Aryane nos enviou um poema maravilhoso escrito por sua talentosa avó. Tem tudo a ver com nosso blog, pois é totalmente regionalista. Vale a pena conferir.

PERNAMBUCO


Pernambuco é Nordeste
Cresceu progressivamente
Com lutas, brios e glórias.
Com palco magistral
Tem a Veneza Brasileira
Como sua capital.

Dos campos ao litoral
Da zona urbana à rural
Pernambuco possui grandezas
Que a cultura traduz,
Ao desfraldar sua bandeira
O arco-íris reluz.

Em Penambuco é notório
Suas belezas naturais
Portos, praias e pontes
Sendo Fernando de Noronha
O tesouro ecológico, é como um pedacinho
De pernambuco no Atlântico.

O maior teatro ao ar livre
Há em Nova Jerusalém
Recife é centro cultural.
Patrimônio da humanidade,
Coube a Olinda por mérito
Orgulho para a cidade.

Nesse desfecho poético
Apelo aos governantes,
Que combatam a violência
Fazendo jus ao poder
Pra que os pernambucanos
Bem melhor possam viver.

(Inácia Coelho Cavalcanti)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

MAXIMIANO CAMPOS EM FOCO


Na última quarta-feira (13/10), a aula da nossa disciplina abriu espaço para discussões acerca do grande escritor pernambucano Maximiano Campos, pai do reeleito governador Eduardo. O grupo que guiou o trabalho era composto pelos alunos Andréa Gonçalves, Andréia Alves, Eraldo e Helloylma que, de forma simples e objetiva, falaram acerca da vida, obra e homenagens do aescritor. Em meio a vários nomes de obras, a ficção nordestina veio à luz através de personagens como Major Façanha e os coronéis maximinianos. Apesar de o grupo não ter apresentado nenhum tipo de material digital, foram distribuídas lembranças de doce regionalista: bom-bom


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

ESTÉTICA DO CANGAÇO EM LIVRO DE LUXO



Por Antonio Cardoso - Assessor de Imprensa da Revista Nordeste VinteUm
A literatura de cordel e o cinema novo heroificaram o cangaço e seus líderes mais notórios, Lampião e Corisco. Bandidos sangüinários, eles souberam usar, antes das letras e do celulóide, uma outra mídia para se autopromover e intimidar. Nos anos 30, Lampião deixou que o mascate libanês Benjamin Abrahão fotografasse a si e a seu bando, uma história já contada pelos cineastas Paulo Caldas e Lírio Ferreira no longa "Baile Perfumado" (1997).
O diretor-presidente da Revista Nordeste VinteUm, Francisco Bezerra, prestigiou na última quinta-feira, 26 de agosto, no Museu do Estado de Pernambuco o lançamento do livro “Estrelas de Couro – A Estética do Cangaço”, obra de Frederico Pernambucano de Mello. Resultado de estudo profundo a que se dedicou Pernambucano desde 1997, a obra trata-se de um ensaio interdisciplinar, um livro de arte com mais de 300 fotos históricas.
No prefácio, Ariano Suassuna afirma que foi no início da década de 1970 que conheceu pessoalmente Frederico Pernambucano e travou contato direto com os primeiros resultados de suas pesquisas e reflexões sobre o cangaço – tema que fascina a ambos.

“Ao tempo que apareceu sem lei nem rei, eu ainda não conhecia Frederico Pernambucano, um dos maiores conhecedores do Cangaço com quem já tive oportunidade de conversar. Não conhecia, portanto, sua teoria a respeito da personalidade dos cangaceiros, teoria que procura explicar a psicologia desse nosso herói extraviado através de dois polos principais: o orgulho e aquilo que Frederico Pernambucano chama de o escudo ético”.

Ainda conforme Ariano Suassuna, se todo prefaciador é de certo modo suspeito em seus elogios, deve-se confessar que nesse caso a suspeição aumenta ainda mais. “Vejo que eu e Frederico concordamos em quase tudo o que diz respeito ao Cangaço”, disse o escritor.

Também presente na cerimônia, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, apresenta o livro como “uma leitura imprescindível para todos que tenham, por curiosidade ou profissão, desejo ou dever de melhor saber sobre os nordestinos e sobre o contexto social que fez de nós o que somos: brasileiros que, apesar dos desafios seculares, construímos, neste pedaço quase todo árido do Brasil, uma civilização de mulheres e homens corajosos, solidários e criativos”.

Como as demais obras de Frederico Pernambucano, esse livro vem para o deleito daqueles buscam um conhecimento aprofundado a respeito da cultura de um povo admirado e odiado, os cangaceiros.